Tudo bem, pessoal? Eu sou o professor Jonas de Língua Portuguesa das Escolas COC Santa Catarina, parceira COC. E o tema da nossa aula de hoje será sobre funções de linguagem. Pensando na prova que se aproxima… que é na prova modelo Enem. Mas, antes do conteúdo,
preciso que vocês fiquem ligadinhos nas dicas de ouro que eu vou apresentar
para vocês durante a explicação. Por que além delas ajudarem
vocês a tirarem um notão, elas vão também ajudar a que vocês
consigam concorrer a um prêmio muito bacana. Legal, né? Sabendo disso… Foco agora e a gente começa. Quando eu penso em funções de linguagem, eu tenho que ter em mente
três quesitos, três critérios: o primeiro, o destinador, o emissor,
que é quem fala, quem escreve; o nosso destinatário, que é para quem eu estou enviando,
para quem eu estou reproduzindo; e a mensagem, que é o nosso assunto. É importante lembrar desses três itens
para a gente associar o tipo de função
que vai usar cada um desses aspectos. E para começar, a gente tem justamente
a função emotiva ou expressiva, que é a função
da primeira pessoa do singular. O “eu”, importa o meu sentimento, importa o que eu penso, a minha opinião. Detalhe: o conteúdo aqui, o assunto fica em segundo plano, porque eu preciso sobressair. Dica de ouro para vocês! Se cair alguma questão
trazendo a função emotiva, a ideia é sempre buscar termos como subjetividade, sentimentalismo,
lirismo, emoção. Porque justamente aquilo que eu penso
que vai sobressair. Combinado? Tanto é que se vocês olharem o trechinho
que nós temos pra analisar é este: “Não adianta nem tentar me esquecer durante muito tempo
em sua vida eu vou viver.” Percebam como esse eu,
essa primeira pessoa, sobressai no conteúdo,
naquilo que está escrito. Por isso, a primeira pessoa do singular,
o “eu”, o egoentrismo. A gente vai ter justamente
a função emotiva, ok? E como é que isso tem caído nas provas? Vamos dar uma olhadinha em uma questão. A gente tem a seguinte proposição ali: “Assinale a alternativa em que os termos
em [ __ ] do fragmento citado não contém traços da função emotiva. Percebam que é uma questão elaborada
um pouquinho diferente para a gente encontrar recursos
no que pode acontecer na prova do Enem. Por quê? Se eu estiver
exprimindo alguma opinião, se eu estiver dando alguma coisa que eu
penso, ela vai ser emotiva. Quando a gente olha na letra A tem um
“infelizmente”. Na letra B: eu estou como “cobaia de laboratório”,
eu estou descrevendo, eu estou analisando. Na terceira, o que está destacado
é apenas a palavrinha “rótulo”, que está ali como uma parte de descrição. Ou seja, não é a
minha visão, não é a minha opinião. Portanto, a que não tem traços, a que não contém a função emotiva é justamente a letra C. Além dela, olhem uma outra questãozinha ali, eu tenho um desabafo: “Desculpem me, mas não dá para fazer
uma cronicazinha divertida hoje Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar. Esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala
que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos
na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.” “Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea
de várias funções de linguagem. Isso é legal! Eu posso ter
mais de uma função, mas o ideal é que sempre uma função
predomine, beleza? Esse é o tipo de enunciado
que pode aparecer muito, dizendo: “Aqui tem a função tal,
mas a que está predominando é esta. Então, sempre buscar a função
que tenha uma predominância. No fragmento da crônica “Desabafo”, a função da linguagem predominante é a emotiva ou a expressiva. Porque sempre que eu buscar a questão da função emotiva,
eu vou buscar o nosso enunciador, beleza? O nosso destinador sobressaindo e isso a gente encontra
justamente na alternativa B. Olhem só: “a atitude do enunciador se sobrepõe
àquilo que está sendo dito.” Lembra o que nós falamos? A mensagem, o conteúdo fica em segundo plano, porque eu preciso sobressair
na nossa primeira função. Além dela, nós temos a função conativa apelativa, injuntiva do povo Povo, é a função das propagandas. Dica de ouro pra gente. Se eu falar de função conativa,
eu vou ter um verbo no imperativo, porque eu estou mandando,
pedindo que alguém faça alguma coisa. Então, percebam que o que é importante
aqui é o meu destinador, É o meu “tu” é o meu “você”. Porque eu estou solicitando
que alguém faça alguma coisa. Percebam que eu coloquei ali
uma publicidade muito básica; “Beba Coca-Cola.” Só, tá? Esse imperativo pode estar tanto
no imperativo afirmativo como negativo e não vai fazer diferença nenhuma. Além desta, nós temos a função metalinguística. O que é a metalinguagem? E quando a gente usa o próprio código para explicar o código. Facilita um pouquinho pra gente, Jonas! Eu vou ter, por exemplo, uma música em que o assunto dessa música
é a própria música. Eu vou ter uma poesia, em que
o assunto da poesia, é a própria poesia. É quando eu uso o código,
o assunto por ele mesmo. Lembrem que associando a prova de linguagens,
literatura vai estar junto, nós temos um autor
da literatura brasileira que utiliza para
caramba a função metalinguística. Quem é?
Machado de Assis. Não sabem me dar essa resposta. Chutem Machado,
pai da literatura brasileira. Lembrem que o Machado está escrevendo a obra
ou contando a obra. e, de repente, ele para
e começa a falar sobre isso. É o conteúdo por ele mesmo. É um código sobre o código. E essa é a nossa função metalinguística. Para complementar, nós temos a Função Fática. Fácil! Dica de ouro para a gente já matar função fática: é a função do diálogo, do diálogo. Percebam que, no nosso exemplo,
eu até aproveitei e coloquei o nosso possível diálogo numa estrutura poética,
porque isso é muito comum de acontecer. Eu te coloco em versos, ok? Mas percebam o que
está gerando esse diálogo. “Sinal fechado. Olá, como vai?
Eu vou indo e você? Tudo bem?
Tudo bem. Eu vou indo correndo
pegar meu lugar no futuro e você” Mesmo dentro de uma estrutura poética, o que está predominando
é a parte do diálogo, função fática. E esse é o nosso detalhe, tá? Povo, e já vamos cravar como mais uma dica de ouro. Vocês geralmente vão receber o quê? Estruturas poéticas – versos e estrofes. E para a prova de linguagens,
eu sei que vocês não gostam do que eu vou falar, mas precisa ler, tá? Porque percebam que nos exemplos que eu dei até agora para vocês, o que aconteceu? Os nossos trechos de análise eram poesias, eram poemas. Em nenhum momento
eu falei que era uma função poética. Eu falei: “aqui, tem uma função fática.” Na primeira, era uma função emotiva, porque este vai ser o nosso combinado. Para ser função poética, nós vamos utilizar
como uma função de descarte. Como assim? Vou olhar, vou ler e vou perceber: Não tinha a primeira pessoa,
descartei a emotiva; não tinha diálogo, descartei a fática. O que sobra depois da leitura? Só a estrutura poética, os versos, a estrofe. Eu não encontrei recursos
de outras funções aqui dentro. Por isso, a função poética. Nesse bloco, a gente ainda tem a última função, que é a função referencial
ou denotativa. Opa, já ouvi esse nome! Vocês também? Denotação. Denotação, lembram? Puxa ali, circula o “D”, “D” de dicionário. O que eu encontro em um dicionário? O valor real das coisas. Esta função, função referencial ou denotativa
é a função que não gera a duplicidade semântica, não gera ambiguidade. As palavras são utilizadas
justamente com o seu valor real. “Ah, Jonas, isso não cai
no Enem, então.” Cai. Cai. Lembrem muito que a gente vai ter
ali, por exemplo, gêneros gêneros que envolvam jornais, artigos científicos… Então, é o tipo de função que aparece. Ela vai estar muito mais preocupada
com o conteúdo, com a descrição, porque eu não posso deixar dúvidas
daquilo que eu estou expressando. Olha aqui, eu até trouxe um trechinho
da Super Interessante pra gente analisar. Olhem só: “O mundo sem petróleo. Em breve, os seres humanos
terão de aprender a viver sem o petróleo. Não porque ele vá acabar
no futuro próximo…” Percebam que eu não estou gerando dúvidas. Eu estou descrevendo. Eu estou relatando. Percebam, então, que aqui
o que é importante é buscar essa descrição. Descrição. Povo, critério que sempre tem
na prova do Enem. Função de linguagem sempre aparece. Pensando nisso, vamos trabalhar
mais um pouquinho. Vamos aqui, um trechinho
de uma questão nossa. “O telefone tocou. – Alô? Quem fala?
– Como? Com quem deseja falar? (…)” “Jonas, isso é um diálogo.” Que foi a nossa dica de ouro. Se eu tenho um diálogo,
a função que eu tenho ali É uma função fática,
é uma função fática. Em outra questão, nós vamos ter o seguinte
Olha, a gente acabou de falar até agora, A biosfera, que reúne todos os ambientes
onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores, chamadas ecossistemas, que podem ser uma em múltiplos mecanismos que regula
o número de organismos dentro dele….” E o texto segue.
Qual é a função que está predominando nesse trecho? Dica de ouro: eu estou descrevendo. Eu estou relatando. Eu estou informando. E o texto não gerou ambiguidade,
não gerou o duplo sentido. Ah, tá fácil. Então só pode ser a função
referencial, ok? E para fechar, para fazer um combo
das nossas funções de linguagem, “Assinale a alternativa que apresenta
definição correta sobre as funções.” Olhem a primeira: “A função é apelativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. É justamente a nossa função do verbo
no imperativo. Estou pedindo, quero convencer. Muito associada à publicidade. Esta, justamente, é a correta. Vamos consertar as outras? “A função metalinguística
tem como objetivo principal informar, referenciar… Não. O que faz isso e a função denotativa. Olhem a C. A função referencial é característica das obras literárias,
pois tem o sentido conotativo. A função para as obras literárias,
sentido conotativo… Aí vai muito mais na linha de função emotiva ou a poética. Vai depender do contexto que nós temos. E isso acontece,
inclusive, na última assertiva. “A função conativa é a mesma, gente,
conativa, apelativa injutiva, que é a das propagandas,
que tem como objetivo principal transmitir as emoções
a quem transmite as emoções. Não. Quem transmite as emoções e a função emotiva, a de primeira pessoa. Ou seja,
vou lembrar de verbo no imperativo. Vou lembrar de primeira pessoa no singular e vou gabaritar a prova de linguagens. Isso aqui foi só um apanhado
de um dos critérios que cai todo ano nas provas do Enem. Quer receber mais conteúdos
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Agradeço. O professor Jonas se despede de vocês e até a próxima!