Débora Aladim Fala Sobre o Enem 2022

Débora Aladim Fala Sobre o Enem 2022 1

[Débora] Que delírio que foi esse, hein? Sangue do cordeiro! Vamos lá! Vim falar minhas opiniões
e dar uma reclamadinha de base, né como eu faço sempre, sobre o Enem 2021. Tomei um Rivotril hoje,
então eu tô um pouco mais calminha. Porque, olha, estava à beira
do surto quando vi o tema, tá? Vamos lá. Para começar sobre a redação. O tema foi “Invisibilidade
e registro civil: Garantia de acesso
à cidadania no Brasil”. Vou ser muito sincera com vocês, tá,
porque aqui eu trabalho com sinceridade. Quando eu li esse tema, eu não entendi. Na verdade, o problema que tô tendo
com esse tema é o mesmo problema que eu tive com o Enem de 2019,
o tema de cinema, vocês lembram? Que é os textos motivadores
simplesmente pegavam o aluno em um lugar e deixavam
ele em lugar nenhum, né. Eu estou vendo gente na DM e
nos comentários, essas coisas que até agora não entendeu
do que se tratava o tema. E realmente, gente,
esse tema é um tema muito difícil. E é um tema que não diz muito a respeito
aos jovens que fazem o Enem, né. Geralmente o tema do Enem,
é um tema que diz respeito à juventude que é a galera, o público-alvo da prova
e esse tema não tem nada a ver. O problema que eu tenho com esse tema é,
primeiro, como que problematiza. E segundo, como que resolve, tá. São dois problemas,
problematizar e resolver. Qual que foi a dificuldade
de problematizar? Justamente porque os textos motivadores não explicam qual que é
o problema de não ter registro. O único texto que dá uma certa luz
nesse assunto é o texto 3 que fala que sem a certidão
de nascimento, né você não consegue fazer CPF,
não consegue fazer carteira de motorista não consegue fazer carteira de trabalho não consegue matricular
a criança na escola… Só que assim, isso,
eu já sabia disso né, óbvio. Só que o público que faz Enem,
muitas vezes, não sabe. Dar um exemplo bobo pra vocês,
a minha irmã mais nova ela foi fazer CPF dela só
para fazer inscrição no Enem. Porque ela com 16, 17 anos
nunca tinha precisado do CPF antes. Então isso evidenciou
para ela que ela precisava e já que ela tem o registro,
a certidão de nascimento ela conseguiu fazer o CPF,
a identidade, tudo certinho. Mas assim, o jovem…
Eu, por exemplo, nunca tive filho eu não sei se ainda registra bebê
em hospital como fazia, por exemplo na época que eu nasci,
ou se tem que ir no cartório. E se tem que ir no cartório tem
que ir os dois pais ou só a mãe? É um tema, pessoal,
esse tema da invisibilidade de registro de nascimento, é um tema
que abre muitas portas, muitas portas. Porque você pode falar, por exemplo,
de abandono paterno, né. Quantos milhões de brasileiros não têm
o nome do pai na certidão de nascimento. Você pode falar, por exemplo,
da questão trans, né, de nome social de como é difícil para essas pessoas
terem o seu direito a um nome social ao reconhecimento
da sua identidade de gênero negado. A gente pode falar também da ausência
do Estado em comunidades do interior de como para muita gente é muito difícil ter acesso ao cartório,
a esse tipo de burocracia. A gente pode falar de adoção.
A gente pode falar de muita coisa. Então, já que o tema é tão aberto,
o texto motivador tinha uma função: Guiar o aluno.
Essa função não foi cumprida. O tema literalmente fala: cidadania,
não dar acesso à cidadania. Mas o que que é ter
acesso à cidadania? Sabe? O texto motivador,
algum deles deveria ter explicado ou pelo menos ter dado um pouco
mais pro aluno entender qual é a treta qual é o problema de não
ter o registro de nascimento. Porque, por exemplo, um texto…
Um exemplo bobo que facilmente teria melhorado
muito a proposta de intervenção. Qualquer reportagem sobre
as tretas que aconteceram no ano passado na pandemia,
com o auxílio emergencial. Porque várias pessoas não conseguiram… Pessoas que precisavam
não conseguiram pegar seu auxílio emergencial porque
não tinham o registro correto porque não conseguiram pegar
o que era de direito delas. Isso já teria ajudado muito porque a gente iria conseguir
ver de forma mais concreta: “Olha, sem o registro eu não
consigo o que é meu por direito”. “Olha, sem registro eu não consigo
tirar, por exemplo, uma aposentadoria”. “Sem o registro, eu não consigo
fazer meus documentos básicos que me dão acesso aos lugares”. “Sem registro eu não consigo
ter um emprego formal”. Porque assim, eu hoje, com 23 anos,
que moro sozinha há muitos anos… Eu, Débora, entendo a importância
de ter os registros. Porque a gente que é adulto,
a gente usa isso o tempo todo. Mas o jovem de 17 anos
que está fazendo Enem… Ele não sabe, entendeu. Então eu senti falta do texto motivador
explicar a problemática disso. E a solução, a proposta de intervenção. Gente, eu vou ser
muito sincera com vocês se alguém tiver colocado uma
proposta de intervenção diferente de conscientização,
deixa aqui nos comentários porque eu não consigo
imaginar uma outra proposta. Por quê? Qual é a dificuldade
de se combater esse problema das pessoas que não se registram? Não é uma coisa
que dê pra você punir, né. Então não tem como você fazer, sei lá uma lei que todo mundo
que não registra vai preso. Porque se a pessoa não registra,
teoricamente ela não existe então não tem nem como controlar. Tanto que aqui é tudo estimativa,
não tem nem como saber. Então não tem como você punir.
E também é um negócio que já é de graça. Então assim, não tem como
você criar um auxílio financeiro ajudar as famílias que não conseguem,
já é de graça. E aí, qual que deve ser o problema?
O acesso, né. Então a pessoa não tem acesso.
Só que aí fica aquela coisa. Por exemplo, eu não sei
se ainda registra em hospital. O que já ajudaria muito o problema, né porque aí todo bebê que nasce
em hospital já sai com registro Lindo, maravilhoso, todo mundo registrado.
Mas aí, já não sei se faz isso. Outra coisa, mas os lugares mais ermos mais distantes do Brasil,
que não têm acesso? Seria uma possibilidade também. Só que aqui no gráfico tá falando
que no Norte tem cinco vezes menos pessoas que não é
registrada do que no Sudeste que é desse tamanho,
e o Norte é desse tamanho aqui. Então aí… Vocês estão entendendo? Eu achei muito difícil de fazer
a proposta de intervenção. O texto motivador não te dá nada com
o que trabalhar. Ele é inútil, inútil. A única coisa que serve pra
ele fazer é generalizar o tema a ponto de não caber
problematizações como pessoas trans adoção no Brasil, mudança de
nome social, abandono paterno… Isso o texto motivador deixa claro,
não é o caso. Mas agora, o caso
que eles mostraram aqui que é o que eles queriam
que os alunos falassem, né de pessoas que não se registram
e com isso acabam tendo acesso cerceado à cidadania,
ajudou em nada, meu irmão! Forneceu nada, absolutamente nada. Então, basicamente, pra mim o problema
do tema de redação foram dois. É um problema difícil de resolver
em primeiro lugar, né muito difícil de fazer uma
proposta de intervenção. Em segundo lugar, não explica
o que é cidadania pro aluno entender qual é o problema
de você não ser cidadão. Ele é difícil de problematizar,
ele é difícil de você dissertar. Por quê, gente?
Pra você aplicar no seu texto pro seu leitor,
que não ser um cidadão é algo negativo primeiro você tem que explicar
o que é a cidadania. Você precisa explicar
quais são os direitos que o cidadão tem numa sociedade pra depois você falar daqueles
que não são cidadãos. E aí, até você explicar isso tudo,
já foi metade do texto você perde muita linha nessa explicação que o texto motivador inclusive não dá,
né. Então assim… Ai, gente, esses textos motivadores pelo amor de Deus,
que negócio mediano, sabe. Dava para melhorar muito facilmente,
aumentando esse textinho aqui às vezes podia até tirar essa imagem,
que não tá ajudando de muita coisa dava pra ter feito muito mais,
vocês estão entendendo? Enfim, meu único consolo nessa vida,
é que quem assistiu meus vídeos pelo menos estava preparado
pra falar dessa coisa da cidadania. Porque olha, gente,
cidadania é um assunto que todo ano cai na prova de história. Às vezes é por isso que eles não
colocaram nos textos motivadores que o INEP acha que
a gente já sabe tudo, né eles acham que a gente
é Wikipedia, então enfim… Como todo ano cai alguma
coisa de cidadania na prova eu sempre falo nos
vídeos sobre cidadania achando que vai cair
na prova de história. Eu nunca em minha vida imaginei
que fosse ser tema de redação. Então assim, meu único consolo
é que quem assiste meus vídeos já sabia um pouco sobre cidadania já tinha várias opções
de alusões históricas, né. Porque dá pra falar, por exemplo,
da criação do conceito de cidadania na Grécia Antiga,
dá pra falar sobre democracia dá pra falar sobre as legislações do
Brasil, que já expliquei em vários vídeos sobre como ao longo do tempo
cerceava quem era cidadão pra que só gente rica tivesse direitos. Então assim, pelo menos quem
estudou um pouco mais a fundo pra prova de história,
conseguiu pegar o tema só que a gente sabe
que isso é minoria, né. Então assim, o meu problema com a prova,
mais uma vez, é o mesmo. O INEP acha que a gente é dicionário,
que a gente é Wikipedia que a gente sabe tudo,
e não fornece o mínimo. O texto motivador
ele tá aqui pra motivar. Eu sai desses textos motivadores
totalmente desmotivada. Desmotivada, juro. Entendeu? Sabe, o texto fala: “Quem não tem certidão de nascimento
não consegue fazer CPF”. Tá… Pra que eu vou querer ter CPF,
vocês estão entendendo? Tem que dar uma explicada melhor. Eu achei, minha opinião, vocês
sintam à vontade para discordar, ok? Agora, gente, sobre a prova de história. Olha, eu tenho muito pra falar
sobre essa prova de história. Primeiramente, a definição
que eu tenho para essa prova não só por conta das coisas que caíram,
mas também por causa de todo bafafá desse inferno desse presidente
que ficou falando: “Ai, porque a prova
vai ter a cara do governo porque eu que vou fazer a prova”. Colocou o pau na mesa,
só que o pau era bananinha, né, inferno! Olha só, não, eu adoro.
Olha só, risos de alegria. Regozijo que tô sentindo
aqui no meu coração. Porque os bonitos ficaram lá falando “porque a prova vai
ter a cara do governo” “porque não vai cair isso,
não vai cair aquilo”… Sabe qual é o problema?
São pessoas que estão tentando censurar assuntos que elas não entendem,
assuntos que elas não dominam. É o que eu falo. Por exemplo,
minha mãe lá super preocupada: “Ai, porque o Bolsonaro vai…” Mãe, se o Bolsonaro conseguir
resolver 10 questões da prova Eu vou lá parabenizá-lo.
De verdade, porque… Gente, minha intenção não é ofender. Eu acabo ofendendo,
mas não é intenção primordial. É porque, genuinamente,
pessoal, é uma pessoa… São pessoas, né,
nesse atual governo de merda são pessoas que não têm
a capacidade técnica para isso. Por isso que tem concurso
pra entrar no INEP por isso que são professores
que fazem prova. Vocês estão entendendo? Então, no final das contas,
fez essa propaganda toda de “a prova vai ter a cara do governo”,
“não vai cair isso, não vai cair aquilo” e literalmente no final caiu
uma questão “vida de gado”. É difícil a vida do gado.
Assim, gente, eu não tô falando isso pra ficar me achando,
pra ficar esfregando na cara pra ficar falando “ui a prova
é comunista”, porque não é. O que eu estou tentando defender é que eles estão combatendo
um inimigo que não existe. Um negócio que eles literalmente
tiraram da bunda deles, sabe. Eles condenam coisas
que não só não existem como eles não têm nem
conhecimento pra reconhecer. Vocês estão entendendo, gente? Então assim, por exemplo, caiu questão
de sociologia com texto do Engels, sabe? Quem não tem o conhecimento técnico quem não é professor,
vê o nome Engels e passa reto. Esse governo fica bostejando fica falando que vai fazer
a prova do jeito deles que eles que vão regular a prova,
que a prova vai ter a cara do governo mas eles não têm a capacidade
técnica pra planejar a prova. Vocês compreendem? Até porque não é trabalho do
presidente fazer um negócio desse. Ele tá lá pra fazer outras
coisas totalmente diferentes do que ele já faz
e já tem feito e tudo mais. O governo, ele acha que
o estudante é um guerrilheiro, né. Ele tem certeza que o estudante
vai armado fazer a prova do Enem. Que ele, assim, tem um plano de,
com esse papel dominar o Brasil e colocar
a ditadura comunista. Não! Sabe, é uma visão
totalmente distorcida. O presidente acha
que o estudante é tudo drogado quando na verdade
o estudante brasileiro, na real ele é uma pessoa extremamente
debilitada, que precisa ter acesso aos direitos básicos que
o próprio governo está tirando dele. Sabe, esse é o menor Enem,
gente, desde 2005. Em 2005 o Enem nem servia pra
entrar em universidade pública. O Enem era simplesmente
uma prova para medir se o ensino médio estava bom
ou estava ruim. Simples assim. Esse ser o menor Enem desde 2005,
isso diz muito isso mostra que as pessoas
no Brasil não estão vendo o Enem como uma oportunidade,
perderam o sonho ou muitas vezes nem veem mais a possibilidade
de cursar o ensino superior. Eu não falei sobre esse assunto, né sobre esses ataques do governo
à prova do Enem antes pelo simples motivo
que eu não queria preocupar vocês. Eu não queria encher a cabeça
de vocês com mais uma preocupação. Então eu só falei
para todo mundo “fiquem tranquilos” porque essa prova de 2021
foi feita com questões de banco, né. Então, questões que
já tinham sido feitas antes. Então a prova ia continuar
com a cara do Enem mas alguns assuntos iam parar de cair. Até porque no ano passado, gente,
nem Segunda Guerra Mundial nem Era Vargas, nem ditadura,
nem Segundo Reinado… Assuntos que todo ano caiam, não caíram. Então o que eu esperava desse ano
era: a prova continuar com cara de Enem mas os assuntos que o governo
não gosta não caírem, entendeu? Então, eu não falei
sobre esse assunto, agora… Eu tô militando só agora, porque
antes eu estava evitando esse assunto simplesmente pra
não causar pânico nos alunos pros alunos não ficarem
desesperados achando que esse Enem ia ser diferente de todos da história,
porque não foi. A prova está ficando
cada vez mais difícil? Tá. Tá me dando vontade de matar? Tá. Mas pelo menos o Satanás não
tá mexendo na prova, graças a Deus, né. É o mínimo, até porque ele
não tem nem a capacidade de fazer isso. E sobre os outros assuntos, eu fiquei
feliz, porque como sempre, pessoal como eu sempre espero,
como sempre aviso pra vocês caíram muitas questões sobre escravidão
no Brasil, cultura negra do Brasil questão indígena.
Isso é muito bom, muito positivo. Porque todo ano cai. Então a gente chega
na prova mais preparado pra isso, né. Duas questões de Era Vargas nesse
governo é algo, sim, a se comemorar. E questões boas, então se você acertou pode ter certeza que vai
valer muitos pontos essas questões, tá. Questões também sobre patrimônio, que
eu sempre aviso pra vocês que vai cair. Eu achei bem aleatório
ter caído Revolução Inglesa mas volta e meia cai
alguma revolução isolada volta e meia é Revolução Francesa, ou
a russa, ou a Revolução Americana, né. Que caiu ano passado.
Então esse ano foi a inglesa. Senti muita falta de Grécia e Roma, tá? Porque Antiguidade,
eu senti até que falhei com vocês. Porque eu sempre prometo
que sempre cai Antiguidade. E esse ano não vimos questões
de Grécia e Roma. Fiquei chateada com isso. Mas pelo menos, né,
eu sempre preparo as pessoas pra cair cidadania
nas questões da Grécia Antiga. E cidadania não caiu em Grécia Antiga,
mas caiu no tema da redação, né. Então pelo menos, nesse sentido,
foi útil estudar antiguidade, né. No pior dos casos,
você ganhou aí uma alusão histórica muito boa para colocar na sua redação. A gente vê, assim como no ano passado,
que a tendência da prova é ficar cada vez mais interpretativa
e mais interdisciplinar. As questões,
elas estão misturando as matérias, né. Tem muita questão
que eu nem soube identificar se era história ou sociologia. Então as questões
estão interdisciplinares e menos conteudistas, né.
Isso é uma vantagem, por quê? A prova exige menos decoreba, né. Então tem várias questões que você
consegue se virar com a interpretação mesmo que você não saiba ou
tenha pouco domínio do assunto. Mas o ponto negativo,
é que isso é difícil, né. Porque essas questões, pessoal,
principalmente essas interdisciplinares elas exigem um raciocínio
muito sofisticado pra um aluno de 17, 18 anos
que acabou de sair do ensino médio, tá. Então várias questões, eu sempre elogio porque as questões de histórias são
muito bem feitas, são muito bonitas. Mas pra mim,
que sou formada em história. Porque os estudantes, muitas vezes,
não têm nem o vocabulário pra entender. A prova de humanas, os textos grandesS cheio de palavras difíceis,
isso é muito desafiador e é muito acima do nível do aluno de nível médio, tá,
de ensino médio. Então, pessoal, com certeza
você que fez a prova se deparou com várias palavras
que você não sabia o significado. Isso é normal,
isso é uma situação triste, né. Mas a única forma de evitar
isso é debruçando sobre os Enem antigos. É fazendo igual eu
sempre faço: vocabulário. Igual eu sempre falo para vocês,
vocabulário das palavrinhas difíceis porque muitas delas se repetem. Mas infelizmente, cada vez mais,
a gente tá vendo umas questões que são mais difíceis de entender,
textos longos e tudo mais, né. É o ponto negativo
das Ciências Humanas, pessoal. Porque a prova realmente é muito
cansativa, né, 5h30 de prova, enfim. Então assim, pessoal, igual eu mencionei,
menor Enem desde 2005 é uma coisa que, assim,
me deixa muito chateada. Um desânimo que eu nunca vi
antes nos alunos, né. Realmente, o ensino superior,
a universidade deixou de ser um sonho e
uma possibilidade pra muita gente. E eu acho isso muito triste,
muito, muito triste. E estamos aí para lutar contra isso, tá. Eu falei horrores sobre
como o governo não conseguiu mexer na prova do jeito
que eles queriam. Mas tem que ser assim mesmo porque não é a tarefa deles,
não é da competência deles e também não é da capacidade deles
mexer na prova. Então assim, até as expectativas
pros próximos Enem, pessoal deve seguir essa linha
de menos teoria e mais interpretação Mais multidisciplinariedade.
Palavra difícil, né, mas enfim. E o que eles estão
conseguindo fazer até agora é só tirar algumas disciplinas,
algumas matérias aí dentro principalmente, da história,
da sociologia, das questões. Mais da história do que das outras,
infelizmente, né. Porque esse pessoal tem
medo da história. E eu acho engraçado. Porque você não muda o que aconteceu,
são fatos, entendeu? É melhor você reconhecer
e querer seguir em frente. Pra uma pessoa que se diz patriota, esse
governo detesta a própria história, né. Tipo assim…
Sabe, quer ignorar séculos de história não quer que os alunos tenham na prova. E se não aparece na prova,
as pessoas não vão estudar. Então é um governo que diz patriota,
se diz nacionalista, orgulhoso do Brasil mas no fundo não quer que as pessoas
conheçam a própria história, né. Isso eu já vi acontecendo no passado,
tá, e não terminou bem, ok? Então, essas foram as considerações
que eu tinha aí sobre o Enem. Queria consolar vocês, pessoal,
porque como sempre o nível das questões pelo menos de humanas,
que é o que sei argumentar né foi alto, são questões difíceis, muitas
de nível universitário, tá, pessoal? E o tema da redação foi difícil,
não só o tema difícil como o texto motivador não ajudou, tá? Então oremos, né,
porque é o que nos resta fazer mas não se desanimem, porque espero
que caiam coletivamente as notas e tal. Até porque, né,
o nível da prova tem crescido. Não espero que
a sua nota caia, óbvio, né. Mas eu acho que no geral,
as notas devem cair por conta disso, tá. Então, não desista, não deixe de ir
semana que vem fazer a outra prova, tá. E aí que Deus ajude você,
porque já não é comigo porque é a prova de matemática, né. Então é isso, pessoal. Por favor, deixem os comentários de
vocês, deixem as opiniões de vocês. Isso tudo é opinião minha,
tirado diretamente da minha bunda. Então sintam se à vontade
pra discordar, pra opinar pra achar que eu estou errada,
pra achar que eu tô doida, ok? Fiquem à vontade,
não tem problema nenhum, tá. Democracia é assim, a gente fala e
pode ouvir o contrário também, ok? Um beijo pra todos.

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